Os vereadores aprovaram, na terça-feira (17), o projeto do executivo que torna livre o funcionamento de estabelecimentos comerciais de Guaíba aos domingos e feriados. A proposta foi discutida durante três meses entre os empregados, empresários, sindicato e vereadores, já que haviam pontos considerados polêmicos e prejudiciais pelos trabalhadores.
Para a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Guaíba, Ivone Simas, este projeto - da forma que foi proposto pelo executivo - prejudicava muito a classe comerciária. "Entendo que precisamos analisar todo o aspecto social antes de encaminhar um projeto que mexe com a vida de mais de 3 mil comerciários", diz. Com uma emenda, negociada com vereadores, ficou definida a utilização da mão de obra diante convenção e acordo coletivo de trabalho, que traz a garantia de que o empregado vai receber pelo seu trabalho.
Segundo a prefeitura, essa medida pode gerar empregos e renda aos moradores, maior possibilidade de remuneração aos vendedores lojistas e potencializar investimentos e turismo de negócios. Para o líder do governo na Câmara, Alex Medeiros (Progressistas), deve ser gerado um equilibro entre o capital, o trabalho e a renda, que esse projeto dá possibilidade ao empreendedorismo e novas oportunidades de emprego: "conseguimos um texto que passou a atender os direitos de todos, com inteligência e sensibilidade".
Uma das preocupações dos trabalhadores era sobre aqueles que são pais de crianças e adolescentes. Para Ivone, há menores que no final de semana não têm creche, os adolescentes ficam jogados a toda sorte e a família a cada dia que passa mais desestruturada. "Não podemos só pensar em beneficiar empresas que querem vir se instalar aqui, mas que não tem nenhum compromisso com a comunidade, que só levam nosso dinheiro", aponta.
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