A Câmara dos Deputados aprovou o uso da cota parlamentar para custear o despacho de bagagens em voos e o acesso à internet em aviões e aeroportos. A medida foi oficializada pela Mesa Diretora em dezembro de 2024, às vésperas do recesso parlamentar, e está em vigor desde então. A ata que formalizou a decisão foi publicada discretamente no Diário da Câmara como uma “retificação” em 19 de dezembro.
A decisão ocorre em meio ao período pré-eleitoral para a escolha da nova presidência da Câmara, marcada para 1º de fevereiro. Com a mudança, os deputados poderão usar a cota parlamentar para pagar bagagens e internet em viagens, ou solicitar reembolso caso cubram os custos inicialmente do próprio bolso. A cota, que já inclui despesas como passagens aéreas, combustível, alimentação e hospedagem, movimentou R$ 227,6 milhões em 2024, dos quais R$ 33,6 milhões foram destinados a passagens aéreas.
A ampliação dos benefícios reacendeu o debate sobre o uso da cota parlamentar. Críticos apontam que a inclusão de novas categorias pode aumentar os gastos públicos em um momento de cobranças por maior austeridade fiscal. A medida, entretanto, foi justificada pela Câmara como uma forma de facilitar o exercício do mandato dos parlamentares.
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