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Domingo, 25 de Maio de 2025

🚔 Segurança e Polícia

Fraude com carros clonados movimentava milhares e usava dados de vítimas no gov.br

Grupo atuava no RS, SC e RJ; 17 pessoas foram presas e investigações começaram após golpe em Gravataí

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Fraude com carros clonados movimentava milhares e usava dados de vítimas no gov.br
Divulgação / Polícia Civil RS
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A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (07), uma operação voltada ao cumprimento de mandados judiciais contra um grupo suspeito de envolvimento em crimes como estelionato, falsificação de documentos, invasão de sistemas informáticos, adulteração de veículos e lavagem de dinheiro. A ação, nomeada Operação Krypteia, ocorre em municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Segundo informações da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos, 17 pessoas foram presas até as 10h, seis delas já estavam no sistema prisional. Os mandados incluem 22 de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e três de sequestro de bens.

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A investigação teve início em julho de 2024, após o registro de uma ocorrência em Gravataí, onde uma vítima informou ter comprado um carro por meio de uma rede social. Após pagar R$ 80 mil e receber o documento de transferência veicular, foi informada no Detran de que o veículo era clonado.

As apurações indicam que o grupo atuava com a compra de veículos roubados ou furtados, que eram posteriormente clonados. Com auxílio de recursos digitais e acesso indevido a contas do gov.br, os envolvidos conseguiam obter a documentação do veículo original e anunciavam a venda do carro clonado por valores abaixo do mercado.

A vítima só identificava o golpe ao tentar regularizar o carro no Detran. Três pessoas eram impactadas diretamente pelo esquema: o proprietário da conta invadida, a vítima do roubo do carro original e o comprador do veículo clonado.

A atuação do grupo incluía também a lavagem de dinheiro, com movimentações realizadas por empresas de fachada localizadas em Santa Catarina. A coordenação da operação ficou a cargo do Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, criado em abril deste ano. A ação contou com o apoio das polícias civis de SC e RJ, além da Polícia Penal do RS.

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