Em dezembro de 2024, a Globo foi condenada pela Justiça a pagar R$ 10 mil de indenização a Suzane Von Richthofen após exibir em 2018 um laudo psicológico que deveria ter permanecido em sigilo. A ex-presidiária, condenada por seu envolvimento no assassinato de seus pais, argumentou que a divulgação do documento violava seus direitos individuais e a liberdade de intimidade, já que o conteúdo confidencial tratava de sua possibilidade de progressão de regime do fechado para o semiaberto.
O laudo, exibido no programa Fantástico, apontava que Suzane não apresentava risco à sociedade e que poderia retornar ao convívio social, embora indicasse características de personalidade manipuladora e agressiva. Apesar da decisão favorável de primeira instância, a Globo recorreu da sentença, e a batalha judicial continuou até a confirmação da condenação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
O relator do caso, desembargador Rui Cascaldi, destacou que, embora a mídia tenha liberdade de imprensa, a exibição de documentos confidenciais ultrapassa os limites da informação pública. Ele ressaltou a necessidade de respeitar direitos fundamentais das pessoas, mesmo aquelas com passagens pela justiça, como no caso de Suzane, que é parte da história criminal do país.
Embora a Globo tenha sido derrotada na segunda instância, a emissora ainda pode tentar reverter a decisão nas esferas superiores da Justiça. A sentença não é final, e o processo continua sendo acompanhado por especialistas e pelo público.
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