O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,87% em Porto Alegre no mês de maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice na capital gaúcha é superior à média nacional, que ficou em 0,46%.
A alta dos preços em Porto Alegre foi influenciada principalmente pelas chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no final de 2023 e início de 2024. Entre os produtos que registraram os maiores aumentos estão a batata-inglesa (23,94%), o gás de botijão (7,39%) e a gasolina (1,80%).
Região metropolitana teve maior impacto
A região metropolitana de Porto Alegre, onde há coleta de preços para apuração da inflação oficial, foi a área mais afetada, com índice de 0,87%. Segundo o IBGE, essa região tem um peso de cerca de 8% na média da inflação nacional.
Coleta de dados prejudicada
As fortes chuvas e inundações prejudicaram a coleta presencial de preços pelo IBGE. Em situações normais, cerca de 20% dos dados são coletados presencialmente. Em maio, esse percentual chegou a 65% na região metropolitana de Porto Alegre. Para suprir a falta de dados presenciais, o IBGE utilizou a técnica de imputação, que consiste na estimativa de preços com base em metodologias estatísticas.
Impacto nos próximos meses
De acordo com André Almeida, pesquisador do IBGE, os efeitos das chuvas na inflação ainda serão monitorados. "A gente observa efeitos da calamidade na inflação de maio, principalmente na alta de alimentos e outros itens, como gás de botijão. Mas precisamos, nos próximos meses, aguardar para ver como isso vai se dar", explica Almeida.
Outras capitais
Além de Porto Alegre, outras capitais brasileiras também registraram alta na inflação em maio. Entre as que tiveram os maiores índices estão São Luís (0,63%) e Belo Horizonte (0,63%). Já Goiânia (-0,06%) foi a única capital a registrar deflação no mês.
Metodologia
O IPCA é medido mensalmente pelo IBGE e tem como objetivo acompanhar a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. A coleta de preços é realizada em diversas regiões do país e abrange uma ampla gama de itens, como alimentos, bebidas, vestuário, habitação, transporte, saúde e educação.
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