A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre apura a conduta de dois técnicos de enfermagem suspeitos de crime sexual contra uma paciente de 40 anos internada no Hospital Ernesto Dornelles. O caso teria ocorrido em julho, durante o período de recuperação pós-cirúrgica da mulher.

De acordo com a investigação, um dos profissionais teria entrado no quarto da paciente afirmando que realizaria um exame pós-operatório. No momento do atendimento, ele teria feito toques físicos simulando um procedimento médico.
A polícia aponta que o técnico não estava designado para atuar no setor onde a mulher estava internada e que teria contado com o auxílio de um colega para ter acesso ao local. Esse segundo profissional também é investigado por facilitar a entrada e emprestar um estetoscópio ao suspeito.
Após o episódio, a paciente relatou a situação a outro funcionário e ao setor de enfermagem do hospital. Um familiar e um representante da instituição formalizaram o boletim de ocorrência. Em depoimento, o técnico acusado negou as práticas e afirmou ter sido confundido, enquanto o outro confirmou o empréstimo do instrumento.
Segundo a delegada Thaís Dias Dequech, o exame mencionado pelo técnico deveria ser feito apenas por médicos. Ambos os profissionais foram desligados da instituição e o inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) informou que recebeu a denúncia no dia 27 de julho e que o caso tramita em sigilo. A entidade avalia a abertura de processo ético, que pode resultar em punições que variam de advertência até a cassação do exercício profissional.

O Hospital Ernesto Dornelles informou que não se manifestará sobre o caso enquanto as investigações estiverem em andamento.
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