O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), através da Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO), realizou nesta sexta-feira, 7 de junho, a execução de mandados de busca e apreensão nas instalações da Prefeitura de Cachoeirinha, assim como nas residências e empresas de investigados. Documentos e equipamentos eletrônicos foram arrecadados. As ordens foram emitidas pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A operação, denominada "Cesta Básica", investiga possíveis sobrepreço e superfaturamento na aquisição de bens, principalmente cestas básicas, destinadas às vítimas das enchentes no município. Estão sendo investigados agentes públicos e particulares envolvidos nas contratações emergenciais.
As investigações são conduzidas pela promotora de Justiça Letícia Elsner Pacheco, sob coordenação do procurador de Justiça Fábio Costa Pereira. A operação contou com a participação dos promotores de Justiça Karina Busmann, Mariana de Azambuja Pires, Maristela Schneider, Heitor Stolf Junior, Gerson Daiello e Bill Scherer, além de servidores e policiais do Ministério Público.
O MP não divulgou os endereços específicos, mas apurou-se que a residência do prefeito Christian Wassen (MDB) e a sede da empresa Cesta Básica Rio Grande foram alvos dos mandados. A operação visa identificar os responsáveis pelo esquema investigado.
A prefeitura de Cachoeirinha ainda não se manifestou a respeito da operação.
Entenda o caso
Através de uma denúncia do repórter Giovani Grizotti, do Grupo de Investigação da RBS (GDI), tornou-se de conhecimento geral um esquema envolvendo a prefeitura, que, em maio, adquiriu R$ 491 mil em cestas básicas da empresa Cesta Básica Rio Grande. Uma das notas, de 15 de maio, registrou o quilo do açúcar refinado a R$ 27,89, enquanto o preço informado pela empresa foi de R$ 6,30.
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