Às vésperas da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Portugal, o deputado André Ventura, líder do partido de extrema-direita Chega, fez duras críticas ao chefe do Estado brasileiro. Em um vídeo enviado à imprensa, Ventura afirmou que Lula deveria ser condenado pela proximidade com a Rússia, hesitação em condenar ditaduras sul-americanas e o que chamou de "nível de corrupção que representa".
“Lula é, na nossa perspectiva e na perspectiva de qualquer cidadão de centro-direita ou de direita, o pior que a política representa”, declarou o parlamentar.
Fundado em 2019, o Chega tem como pilares o discurso conservador, nacionalista e anti-imigração. Hoje, é a terceira maior força no Parlamento português, com 12 deputados. A sigla especifica um protesto contra Lula em Lisboa, no dia 25 de abril, sob o slogan "Lugar de ladrão é na prisão", em referência à prisão do presidente brasileiro em 2018, cujas condenações foram anuladas posteriormente.
O ato contornou com o apoio do deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que classificou a manifestação como “justa”. Ventura, por sua vez, já havia apoiado publicamente a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro e o chamou de “uma escolha certa para o Brasil”.
O líder do Chega também anunciou para maio um evento em Lisboa com nomes de destaque da direita mundial, como o próprio Jair Bolsonaro e o vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini. Segundo Ventura, o objetivo é transformar Portugal num dos centros globais de oposição ao socialismo.
“Queremos que Lisboa se torne uma referência mundial da direita, uma alternativa à Conferência Conservadora dos EUA”, disse Ventura em vídeo divulgado nas suas redes sociais.
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