O governo da China comunicou nesta sexta-feira (11), no horário de Brasília, a elevação das tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos, que passam de 84% para 125%. A informação foi divulgada pelo Ministério das Finanças chinês e repercutida por agências internacionais.
A decisão ocorre após os Estados Unidos anunciarem novas taxas sobre produtos chineses, totalizando 145% quando somadas às tarifas anteriormente em vigor. A medida norte-americana havia sido confirmada na quinta-feira (10) pela Casa Branca.
Em nota oficial, o Ministério das Finanças da China declarou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos representam uma violação às regras do comércio internacional e comunicou a apresentação de nova queixa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
As alterações nas tarifas fazem parte de uma série de ações adotadas por ambos os países no contexto de uma disputa comercial iniciada anteriormente. Ao longo das últimas semanas, os dois governos anunciaram sucessivas elevações tarifárias, além de manifestações públicas sobre possíveis negociações ou represálias.
Na semana anterior, os Estados Unidos haviam anunciado uma tabela com taxas entre 10% e 50% sobre produtos de mais de 180 países, incluindo a China. Em resposta, o governo chinês aplicou um acréscimo de 34% às suas tarifas sobre importações norte-americanas.
Na terça-feira (8), o governo dos Estados Unidos anunciou a elevação das tarifas sobre produtos chineses, com um adicional de 50 pontos percentuais, após o não atendimento de um prazo estabelecido para a retirada das medidas por parte da China. A nova tarifa total aplicada pelos EUA chegou a 145%.
Na quarta-feira (9), o governo chinês ajustou novamente sua taxa de importação sobre produtos norte-americanos, aumentando-a de 34% para 84%. Já no dia seguinte, os Estados Unidos indicaram uma "pausa" de 90 dias nas tarifas para mais de 180 países, com exceção da China, que continuou sujeita às tarifas elevadas.
A sequência de medidas tarifárias reflete o atual estágio da disputa comercial entre os dois países, que seguem adotando políticas de resposta mútua.
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