A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (4), a Operação Carrasco, que investiga a prática de eutanásia irregular de animais e suspeita de estelionato envolvendo a ex-secretária da causa animal de Canoas. As apurações iniciaram em abril, após denúncias de servidores e voluntários. Segundo a delegada Luciane Bertoletti, os relatos indicam que entre 15 e 30 animais, em sua maioria cães e gatos, eram mortos semanalmente.

Durante a operação, foram encontrados cerca de 14 animais sem vida em sacos plásticos dentro de um freezer. Também foi localizado um container fechado na sede da secretaria, onde havia diversos gatos em gaiolas, sem ventilação adequada. A investigação aponta que os animais eram encaminhados para incineração duas vezes por semana em uma universidade.
A ex-gestora assumiu o cargo em janeiro deste ano e pediu exoneração em agosto. Além da atuação no Executivo, ela mantém uma ONG voltada ao resgate de animais. A polícia apura se recursos recebidos via chave Pix da instituição, em campanhas de arrecadação, foram desviados. Aproximadamente R$ 100 mil em espécie foram apreendidos em sua residência.
As diligências ocorreram em Canoas, Porto Alegre e em um sítio localizado em Arroio dos Ratos, onde também haveria indícios de práticas semelhantes. A ex-secretária poderá responder por maus-tratos, eutanásia irregular e estelionato.

O nome da investigada ainda consta como responsável pela causa animal no site da prefeitura de Canoas. A defesa dela e a administração municipal foram procuradas, mas não se manifestaram até o momento.
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