A CMPC vem intensificando o uso de controle biológico como parte do manejo integrado de pragas em suas áreas florestais no Rio Grande do Sul. A estratégia tem como objetivo preservar a produtividade dos plantios e reduzir o uso de defensivos químicos por meio da introdução de organismos vivos que atuam como agentes naturais no combate a pragas.
Entre os principais focos do programa está o controle do percevejo-bronzeado (Thaumastocoris peregrinus), inseto que afeta o desenvolvimento das árvores ao se alimentar da seiva das folhas. Para conter a praga, a companhia utiliza o parasitoide Cleruchoides noackae, criado em laboratório na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro. O inseto é liberado em campo com o auxílio de drones, dentro de cápsulas biodegradáveis, o que permite maior precisão e eficiência operacional.
O diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, destaca que a empresa busca soluções que conciliem tecnologia e sustentabilidade. Segundo o pesquisador Norton Borges Junior, o diferencial da prática está na ação antecipada. Quando o monitoramento detecta a presença do percevejo nas armadilhas, os parasitoides são liberados antes que o problema se amplie, garantindo um controle mais duradouro.
Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados por pragas, evitando perdas na produção e eliminando a necessidade de defensivos químicos nessas áreas. O programa integra esforços de pesquisa e desenvolvimento com outras empresas e cooperativas, reforçando a atuação conjunta no avanço de práticas sustentáveis no setor florestal.
Presente no Brasil desde 2009, a CMPC atua em sete estados e mantém 54 unidades produtivas em nove países da América Latina. O grupo emprega mais de 25 mil pessoas e atende cerca de 24 mil clientes em todo o mundo. Nos últimos anos, a empresa tem sido reconhecida por índices internacionais de sustentabilidade, consolidando sua posição entre as principais indústrias florestais do planeta.
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