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Sabado, 14 de Setembro de 2024

🚔 Segurança e Polícia

Enquanto chefiava Delegacia da Mulher, delegada relata agressões que sofreu do ex-marido

Juliana Domingues relata violência doméstica e psicológica durante o casamento

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Enquanto chefiava Delegacia da Mulher, delegada relata agressões que sofreu do ex-marido
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A delegada Juliana Domingues relatou ter sido vítima de agressões e abusos praticados por seu ex-marido, o tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo Almeida Alves Oliveira da Costa, durante o período em que chefiava a Delegacia de Atendimento à Mulher em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. Segundo as declarações de Juliana, os episódios começaram logo após o casamento, em 2021, e envolveram agressões físicas com cinto e estupros, algumas vezes na presença do filho da delegada.

Em mensagens enviadas a amigas, Juliana descreveu uma rotina de violência que incluiu controle constante e ciúmes excessivos por parte de Carlos Eduardo. A delegada afirma que o uso do cinto era um método comum de agressão e que foi forçada a manter a localização em tempo real durante seus plantões.

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A situação chegou ao limite quando, após um episódio de violência sexual no qual Juliana afirmou ter sido coagida, ela decidiu formalizar uma denúncia na delegacia. Exames realizados indicaram lesões compatíveis com os relatos de agressão. Testemunhas confirmaram a presença de marcas de violência física na delegada.

O tenente-coronel Carlos Eduardo, que atualmente coordena o Departamento de Segurança Institucional do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, reconheceu o uso de cintos durante relações sexuais, mas alegou que as práticas eram consensuais. Ele responde na Justiça por acusações de estupro, lesão corporal e violência psicológica. O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria Interna da Polícia Militar e tramita sob segredo de Justiça.

O Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu denúncia contra Carlos Eduardo em agosto do ano passado, e a primeira audiência do processo está marcada para este mês. Juliana espera que a exposição de sua experiência possa encorajar outras mulheres a buscar ajuda em situações semelhantes.

A delegada decidiu tornar pública a sua história com o objetivo de ajudar outras mulheres que passam por situações semelhantes. “Eu quero dizer pra elas que elas não se sintam assim. Que existe ajuda, rede de apoio, e que elas têm que ter força de vontade para sair dessa situação”, afirmou Juliana.

 

 

 

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