O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), realizou nesta quarta-feira (09), a Operação Home Cash. A ação ocorreu nos municípios de Santo Ângelo, Giruá e Passo Fundo e teve como foco a apuração de irregularidades em serviços de atendimento domiciliar (home care) custeados com recursos públicos.
A operação teve apoio da Brigada Militar e envolveu mais de 30 agentes. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores vinculados aos investigados. Ao todo, nove pessoas físicas e seis empresas são alvos das investigações. Não houve mandados de prisão expedidos.
Segundo o MPRS, o caso envolve a destinação de recursos públicos autorizados judicialmente para custear tratamentos domiciliares. O modelo utilizado previa que familiares ou responsáveis por pacientes entrassem com ações judiciais solicitando o atendimento e indicando empresas específicas. Com a concessão de decisões liminares, os valores eram repassados diretamente às empresas enquanto o Estado organizava o processo licitatório regular.
A investigação aponta que os serviços prestados por algumas dessas empresas eram incompletos ou não foram realizados conforme determinado judicialmente. A apuração também indica que parte dos valores recebidos era posteriormente justificada com documentação considerada falsa, permitindo o uso indevido dos recursos.
A Operação Home Cash é conduzida pelos promotores de Justiça Diego Pessi e Manoel Figueiredo Antunes, com participação de outros membros do Ministério Público. A ação é um desdobramento de investigações iniciadas em janeiro deste ano e segue linha semelhante à da Operação Gollum, realizada em dezembro de 2024.
Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo calculados. O Ministério Público informou que novas fases da investigação podem ser desencadeadas conforme o andamento da análise dos materiais apreendidos.
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