Em Rondônia, um rebanho de búfalos selvagens, que se reproduz sem controle, tornou-se alvo de uma ação judicial milionária movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Os animais, que não são nativos das reservas biológicas do estado, estão causando danos ambientais significativos, como a extinção de espécies locais e alterações nos cursos de lagos, além de representarem riscos sanitários, uma vez que não são vacinados. O MPF exige que o governo de Rondônia e o ICMBio tomem medidas para erradicar a população de búfalos.
O Ministério Público também solicitou ao Estado o pagamento de R$ 20 milhões por danos morais coletivos, com o valor destinado ao reflorestamento de unidades de conservação. O MPF ainda pede que o ICMBio elabore um plano específico para o controle e erradicação dos búfalos, cujos números, originados de um projeto fracassado, já atingem 5 mil exemplares e podem chegar a 50 mil até 2030.
Os búfalos ocupam áreas protegidas no oeste de Rondônia, como a Rebio Guaporé, onde competem com espécies ameaçadas, como a onça-pintada. A falta de predadores naturais permite que o rebanho cresça descontroladamente. Estudo da mestre em Ciências Ambientais, Lidiane Silva, revela que os búfalos podem reduzir pela metade a área alagada de um sítio Ramsar na Amazônia Ocidental, afetando gravemente o ecossistema.
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