O influenciador digital Nego Di e sua companheira, Gabriela Souza, foram denunciados pelo Ministério Público por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria na forma de rifas digitais. A denúncia está relacionada a uma operação realizada em julho deste ano.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o casal movimentou mais de R$ 2,5 milhões de maneira ilícita. Nego Di está atualmente detido devido à sua participação em outro caso de estelionato ligado à loja virtual Tadizuera. Gabriela Souza responde ao processo em liberdade.
A investigação revelou que entre novembro de 2022 e maio de 2024, o casal organizou rifas digitais sem autorização, prometendo prêmios em bens e dinheiro. Um exemplo identificado foi o sorteio de um Porsche Macan e R$ 150 mil. No entanto, antes da realização do sorteio, o casal transferiu o veículo para terceiros, comprou o próprio número de sorteio e anunciou um vencedor fictício.
A lavagem de dinheiro foi detectada por meio da movimentação de valores para terceiros, além da compra de veículos e imóveis de alto valor em Porto Alegre e regiões próximas. Nego Di também enfrenta uma acusação de uso de documento falso, relacionada a uma alegada doação de R$ 1 milhão para vítimas de enchentes, quando na realidade a doação foi de apenas R$ 100 e foi acompanhado de um comprovante falso.
Sobre Nego Di
Dilson Alves da Silva Neto, de 30 anos, conhecido como Nego Di, nasceu em Porto Alegre e ganhou notoriedade nacional ao participar do Big Brother Brasil em 2021, sendo o terceiro eliminado do programa. Antes da sua carreira como influenciador e comediante, trabalhou em diversas profissões, incluindo cozinheiro, garçom e taxista, e teve sua própria barbearia.
Sobre as Prisões
Nego Di foi preso em Santa Catarina no dia 14 de julho pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em relação a uma investigação sobre a venda de produtos não entregues pela loja online Tá di Zuera. Anderson Boneti, ex-sócio de Nego Di na Tá di Zuera, também foi preso em Bombinhas, Santa Catarina, no dia 22 de julho, e está atualmente no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).
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