O humorista e influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teve sua prisão preventiva decretada no domingo (14) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ele é suspeito de lesar ao menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário, a "Tadizuera", que operou entre março e julho de 2022.
Segundo a investigação, os produtos nunca foram entregues aos clientes, e a movimentação financeira nas contas bancárias de Nego Di na época ultrapassa R$ 5 milhões. O prejuízo das vítimas estima-se superior a R$ 330 mil, mas as autoridades acreditam que o número real seja maior.
O Chefe de Polícia Civil do RS, Delegado Fernando Sodré, afirma que a investigação agora se concentrará em "aprofundar a questão patrimonial" de Nego Di, buscando verificar se houve lavagem de dinheiro e identificar bens do influenciador adquiridos com recursos ilícitos.
Sócio de Nego Di está foragido
O sócio de Nego Di na loja virtual, Anderson Bonetti, também é suspeito de estelionato e está foragido com mandado de prisão preventiva expedido.
Em suas redes sociais antes da prisão, Nego Di se manifestou, afirmando estar ciente da operação e que "tudo o que precisava ser feito já foi feito". A defesa do humorista também se pronunciou, ressaltando o direito à presunção de inocência e pedindo cautela na divulgação de informações sobre o caso.
Além do esquema na loja virtual, Nego Di também é investigado por suspeita de irregularidades em sorteios virtuais que promovia em suas redes sociais. Os prêmios incluíam dinheiro, celulares, videogames e até carros. Segundo o Ministério Público, o esquema envolvia lavagem de dinheiro.
Nego Di já havia sido alvo de sanções por fake news
Em maio deste ano, Nego Di foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Sul a apagar publicações falsas que havia feito sobre as enchentes na região de Canoas e a pagar multa de R$ 100 mil em caso de reincidência.
A investigação sobre Nego Di ainda está em curso, e novas informações podem ser divulgadas nos próximos dias.
Próximos passos:
- A Polícia Civil continuará investigando o caso, com foco na apuração de lavagem de dinheiro e na identificação de bens do influenciador.
- A defesa de Nego Di poderá apresentar suas provas e argumentos para tentar reverter a prisão preventiva.
- A Justiça deverá analisar as provas e decidir se mantém a prisão preventiva ou se decreta outras medidas cautelares.
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