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Terça-feira, 13 de Maio de 2025

🚔 Segurança e Polícia

Polícia descobre falsa certidão de óbito em nome de detento ligado a organização criminosa

Operação apura se fraude visava extinguir processos e evitar julgamento

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Polícia descobre falsa certidão de óbito em nome de detento ligado a organização criminosa
Miguel Noronha / PCRS
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a produção e o uso de um documento falso em nome de Maicon Donizete Pires dos Santos, 33 anos, atualmente preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A investigação está vinculada à Operação Dupla Face, deflagrada nesta segunda-feira (14) nos municípios de Porto Alegre, Alvorada e Arroio dos Ratos.

Segundo a investigação, foi localizada uma ficha de investigação de óbito hospitalar com os dados de Santos, indicando falência múltipla de órgãos como causa da morte. O documento apresenta carimbo da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e uma assinatura atribuída a uma médica de São Leopoldo. A ficha foi encontrada na residência de uma auxiliar de enfermagem, alvo da operação, que já responde a outros processos por estelionato.

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A Polícia Civil aponta que a data registrada no suposto óbito coincidia com uma audiência judicial em que havia possibilidade de soltura do detento. Caso o óbito fosse aceito oficialmente, a extinção da punibilidade poderia ser decretada. O material encontrado com a auxiliar também inclui receituários médicos, carimbos e documentos de instituições de saúde da Região Metropolitana.

A investigação teve início em agosto de 2024, após uma denúncia de golpe envolvendo a mesma profissional de enfermagem em Canoas. Ela é suspeita de acessar dados bancários de uma paciente internada e realizar transferências que somam R$ 60 mil.

Maicon Donizete Pires dos Santos foi preso em fevereiro de 2024, em Santa Catarina. Ele é investigado por envolvimento em homicídios e tráfico de drogas em Porto Alegre e outros estados da Região Sul. Também responde por acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Polícia Civil apura se ele teve participação direta na falsificação do documento e se houve uso planejado da ficha para fins judiciais.

 

 

 

 

 

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