Na quarta-feira (04), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou dados na Comissão de Meio Ambiente do Senado sobre os riscos enfrentados pelo Pantanal e pela Amazônia devido às queimadas e à seca prolongada. Segundo informações, se as atuais tendências de aquecimento global persistirem, o Pantanal poderá desaparecer até o fim deste século.
Marina Silva explicou que a combinação de baixa precipitação e alta evapotranspiração tem comprometido a capacidade dos rios e da planície alagada do Pantanal de atingir níveis adequados de cheia. A perda de cobertura vegetal devido a desmatamento e queimadas contribui para a deterioração da região.
Durante a audiência, a ministra enfatizou a necessidade de aumentar os recursos e esforços para combater os efeitos das mudanças climáticas. Ela pediu ao Congresso que considere a criação de um marco regulatório de emergência climática para permitir uma alocação financeira mais eficaz para essas questões.
A ministra também destacou o "paradoxo" enfrentado pelo governo, que precisa equilibrar investimentos em medidas de combate a incêndios com projetos que podem agravar a situação. Ela criticou as cobranças por investimentos que, segundo ela, podem contribuir para o agravamento dos incêndios.
Os dados recentes mostram que agosto registrou o maior número de focos de queimadas desde 2010, com 68.635 ocorrências, a maioria na Amazônia e no Cerrado. Além disso, o Brasil enfrenta a maior seca desde 1950, afetando quase todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul. A seca e as queimadas têm causado visíveis impactos, como a cobertura de fumaça em diversas cidades, atribuídas a incêndios florestais nas regiões afetadas.
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