A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao cargo na segunda-feira (05), conforme comunicado das Forças Armadas. A decisão ocorre após uma série de protestos que resultaram na morte de 300 pessoas. Após sua renúncia, Hasina deixou o país.
A formação de um governo interino, liderado pelos militares, foi anunciada pelas Forças Armadas. As manifestações, que tiveram início há várias semanas, envolvem principalmente estudantes e são motivadas pela política de cotas para veteranos de guerra em empregos públicos. Esta política, que havia sido abolida em 2018, foi restabelecida em junho deste ano.
Os protestos começaram de forma pacífica, mas escalaram em violência após confrontos com a polícia e grupos pró-governo. A situação também foi agravada por dificuldades econômicas, como alta inflação e desemprego crescente.
Na mesma data, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da primeira-ministra em Daca. A internet foi bloqueada no país, e o aeroporto internacional de Daca foi fechado, com previsão de reabertura apenas no final da tarde do horário local. Segundo informações, Hasina teria se refugiado em Agartala, na Índia, onde deve receber proteção do governo indiano.
O chefe das Forças Armadas, Waker-uz-Zaman, afirmou que o governo interino será responsável por gerenciar o país até que uma solução permanente seja encontrada.
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