Uma cadela sem raça definida, encontrada em situação de abandono em São José dos Campos (SP), foi incorporada à equipe da Polícia Científica do estado para auxiliar na localização de vestígios de sangue humano. O animal, chamado Savana, foi acolhido por um perito criminal e, após dois anos de treinamento específico, passou a atuar ao lado do primeiro cão treinado para essa função, chamado Mani.
O trabalho consiste na identificação de odores de sangue humano, mesmo quando não visíveis, em locais como veículos, roupas e áreas abertas ou fechadas. O treinamento incluiu comandos de detecção, exercícios de obediência e simulações em diferentes ambientes.

Essa técnica substitui, em alguns casos, o uso do luminol, produto químico utilizado em perícia, proporcionando maior precisão na diferenciação entre sangue humano e animal, além de ser aplicável em áreas amplas e bem iluminadas.
De acordo com a Polícia Científica, cães treinados podem detectar vestígios mesmo meses após a ocorrência de um crime, ampliando as chances de coleta de provas.

A metodologia, que utiliza reforço positivo, já é aplicada com sucesso em algumas unidades, e a expectativa é que seja expandida para outros núcleos do estado. O processo de seleção dos animais leva em conta fatores como foco, energia, socialização e aptidão para trabalhar em conjunto com equipes humanas.
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