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Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025

🚔 Segurança e Justiça

Viúva de policial morto em operação no RJ compartilha últimas mensagens com o marido

Sargento do Bope Heber Carvalho da Fonseca foi um dos quatro agentes mortos durante a Operação Contenção, que deixou mais de 120 mortos e mais de 100 presos

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Viúva de policial morto em operação no RJ compartilha últimas mensagens com o marido
Reprodução/Redes sociais
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A viúva do sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, divulgou nas redes sociais as últimas mensagens trocadas com o marido antes de sua morte durante a Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28) no Rio de Janeiro. O policial, que integrava o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi atingido durante confronto com criminosos e não resistiu aos ferimentos.

No registro publicado, Jéssica Amaral mostra a troca de mensagens realizada na manhã do dia da operação. Às 10h10, ela perguntou se o marido estava bem e pediu que ele se cuidasse. Às 10h57, Heber respondeu que estava bem e pediu que ela continuasse orando. Foram suas últimas palavras. Pouco depois, Jéssica tentou novo contato, sem retorno. A partir das 12h30, ela enviou novas mensagens e fez ligações, sem sucesso.

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Além de Heber, outros três agentes morreram durante a ação: o sargento Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, também do Bope, e os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34.

A Operação Contenção, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro, teve como objetivo atingir lideranças da facção criminosa Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital. O governo fluminense informou que ao menos 121 pessoas morreram e 113 foram presas.

Durante a ação, foram apreendidas 118 armas — entre elas, 90 fuzis, 26 pistolas e um revólver — além de drogas ainda em processo de contabilização.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que o número de mortos pode ser maior, chegando a 132, após o aparecimento de dezenas de corpos em uma área de mata próxima ao Complexo da Penha. Moradores relataram que alguns apresentavam sinais de violência.

Em publicação posterior, Jéssica mencionou a filha do casal, Sofia, e afirmou que a criança sempre lembrará do pai. Segundo relatos de familiares, o policial costumava dizer que, se um dia morresse em serviço, teria partido fazendo o que escolheu como profissão.

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