Uma pessoa morreu e ao menos dez ficaram feridas após a queda de um balão tripulado no início da manhã de domingo (15), na zona rural de Capela do Alto, a cerca de 130 quilômetros da capital paulista. O balão havia decolado de Iperó, no interior de São Paulo, e transportava um grupo de 35 pessoas — sendo 33 passageiros, além do piloto e de um auxiliar técnico.
A vítima, uma mulher grávida, chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos. Outras dez pessoas foram atendidas por equipes de emergência com lesões consideradas leves. A Polícia Militar registrou a ocorrência e confirmou que o piloto foi preso em flagrante.

Segundo informações da Polícia Civil de Tatuí, o condutor da aeronave afirmou em depoimento que o acidente teria sido provocado por uma mudança repentina nas condições do tempo. Ele alegou ter perdido o controle do balão durante o voo. A autoridade policial apura o caso como homicídio culposo.
A aeronave era operada pela empresa Aventurar Balonismo, que não se pronunciou até o momento. Informações repassadas pela Confederação Brasileira de Balonismo indicam que o balão operava de forma irregular, com documentação vencida e capacidade de passageiros acima do permitido, além de estar autorizado apenas para voos individuais.

No mesmo fim de semana, a cidade vizinha de Boituva sediaria a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo. No entanto, os voos da competição foram suspensos na manhã do domingo em razão dos ventos fortes, que chegaram a 70 km/h — velocidade superior ao limite recomendado para práticas seguras, estimado em 10 km/h.
O grupo a bordo do balão fazia parte de uma excursão vinda de Pouso Alegre (MG). Familiares relataram que um dos passageiros planejava um pedido de casamento durante o passeio. O caso segue em investigação.
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