Uma mulher de 32 anos foi ferida após um ataque de capivara na lagoa da Praia da Lagoinha do Leste, em Florianópolis. O caso ocorreu no dia 8 de dezembro, enquanto a vítima nadava no local. Ela sofreu mordidas no abdômen, na nádega direita e no braço direito, sendo encaminhada para atendimento médico após resgate aéreo do Corpo de Bombeiros Militar.

A vítima, identificada como a psicóloga e escritora Fabiana Lenz, estava em um acampamento e entrou na lagoa antes de deixar a área. Durante o mergulho, foi atingida pelo animal dentro da água. Após a primeira mordida, houve nova investida, que resultou na perda de parte do tecido da nádega direita. O ataque cessou após a intervenção do namorado, que a retirou da lagoa.
Fabiana foi resgatada pelo helicóptero Arcanjo e levada ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago. No hospital, passou por exames, tomografias, aplicação de vacinas antirrábicas e iniciou um protocolo com antibióticos, analgésicos e antivirais. Ela recebeu 19 pontos no abdômen, e algumas lesões não foram suturadas devido ao risco de infecção. Segundo os médicos, o intestino não foi perfurado por uma margem inferior a um milímetro.
Após a alta hospitalar, a vítima segue em recuperação em casa, com mobilidade reduzida, realizando curativos em postos de saúde. As mordidas no abdômen e no braço apresentaram evolução clínica, enquanto a lesão na nádega exigiu acompanhamento específico devido à perda de tecido.
Em nota, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) informou que se trata de um caso isolado e que ataques de capivaras são raros. De acordo com o órgão, a reação pode ter ocorrido porque o animal foi surpreendido dentro da água, ambiente utilizado pela espécie como refúgio e área de reprodução. A fundação destacou que a capivara não possui comportamento predatório, por se tratar de uma espécie herbívora.

A Floram também informou que não há superpopulação de capivaras na ilha, embora os avistamentos tenham se tornado mais frequentes. Segundo a entidade, o aumento da presença do animal em áreas naturais e urbanas está relacionado à ausência de predadores naturais e à ocupação desses espaços.
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