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Terça-feira, 13 de Maio de 2025

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Bebê que nasceu em meio à enchente no RS completa um ano com saúde e alegria.

Durante a maior enchente da história do estado, gestante foi carregada por 4,5 km em trilhos de trem até conseguir atendimento. Matteo nasceu após uma mobilização de voluntários e equipes de resgate em Roca Sales. Hoje, ele cresce saudável e é símbolo de esperança para a comunidade.

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Bebê que nasceu em meio à enchente no RS completa um ano com saúde e alegria.
Renata Aline dos Santos / Arquivo pessoal/GZH
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Prestes a completar um ano de vida, Matteo Lorenzo dos Santos é o símbolo de uma história de superação que comoveu o Rio Grande do Sul. O bebê nasceu em 3 de maio de 2024, em meio à maior enchente da história do estado, após uma força-tarefa de voluntários carregar sua mãe por mais de quatro quilômetros sobre trilhos de trem para que ela pudesse dar à luz com segurança.

Na época, a cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari, estava completamente ilhada, com o hospital local alagado. Com 40 semanas de gestação, Renata Aline dos Santos, 38 anos, entrou em trabalho de parto e foi orientada a fazer uma cesárea — procedimento que não poderia ser realizado em casa.

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A partir desse momento, voluntários e profissionais da saúde uniram esforços em uma operação de resgate marcada pela solidariedade. Foram mais de 27 horas até que Renata conseguisse atendimento em um hospital da cidade vizinha de Encantado. No percurso, 12 pessoas se revezaram para levá-la de maca por uma ferrovia inundada. Em seguida, a gestante foi transportada de ônibus, barco e ambulância até o local do parto.

“Eu dizia que a prioridade era o bebê, e eles me respondiam: ‘a prioridade são vocês dois’. Foi isso que me manteve firme até o fim”, lembra Renata, emocionada.

Apesar dos desafios, Matteo nasceu saudável e hoje é um menino sorridente e brincalhão. Para a mãe, ver o filho crescendo forte é a maior recompensa após tanto sofrimento.

“É uma sensação única. Não tem como esquecer o que passamos, cada momento ficou marcado em nós”, diz Renata, que hoje vive de aluguel no centro de Roca Sales enquanto aguarda uma nova moradia definitiva.

FONTE/CRÉDITOS: Com informações de Lucas Abati GZH
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