O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello deixou o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, na noite de quinta-feira (01º), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida autoriza o cumprimento da pena em regime domiciliar.
O pedido foi feito pela defesa do ex-presidente, que apresentou laudos médicos sobre o estado de saúde de Collor, incluindo diagnósticos de apneia do sono, Parkinson, transtorno afetivo bipolar e outros problemas relacionados à idade. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à solicitação.
Condenado pelo STF em maio de 2023 a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor passará a usar tornozeleira eletrônica e poderá receber apenas visitas de seus advogados.
A condenação tem origem em investigação iniciada pela Operação Lava Jato. De acordo com os autos, Collor, então dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi responsabilizado por indicações políticas à BR Distribuidora e teria recebido cerca de R$ 20 milhões em contratos firmados entre 2010 e 2014.
O Supremo manteve a sentença em novembro de 2023 após análise de recursos. No dia 24 de abril de 2025, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou novo recurso da defesa e determinou a execução da pena. A prisão ocorreu no dia seguinte, em Maceió.
Comentários: