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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024

🌱 Meio Ambiente

Fepam apresenta resultados da análise de impacto das queimadas na água da chuva em Porto Alegre

Estudo realizado com amostras coletadas aponta baixa concentração de partículas finas na água da chuva

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Fepam apresenta resultados da análise de impacto das queimadas na água da chuva em Porto Alegre
Rosinara Ferreira / MetSul
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A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou, na segunda-feira (16), os resultados de uma análise que avaliou o impacto das queimadas na água da chuva em Porto Alegre. As amostras foram coletadas nos dias 12 e 13 de setembro no Bairro Partenon, em uma área livre de interferências, como árvores ou fios de energia.

As análises foram realizadas com sondas multiparâmetros para medir pH, turbidez, condutividade, salinidade, oxigênio dissolvido e potencial de oxirredução. De acordo com os dados, não foi detectada uma quantidade significativa de partículas finas que pudesse sugerir a presença de fuligem das queimadas. A turbidez, que indica a presença de sólidos em suspensão, apresentou valores baixos, especialmente na amostra de 13 de setembro, próxima aos níveis de referência da Norma NBR 15527.

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Foi destacado que o intervalo de tempo entre a coleta e a análise pode ter influenciado certos resultados, como os níveis de pH e oxigênio dissolvido, que devem ser medidos logo após a coleta para garantir maior precisão.

A Fepam, que normalmente não inclui a água da chuva em seus estudos, decidiu realizar esta análise devido às queimadas e suas potenciais consequências. O monitoramento das condições atmosféricas continuará enquanto houver registros de queimadas na região, com a equipe técnica avaliando a necessidade de novas análises.

Além do monitoramento da água, a Fepam segue realizando diariamente a análise da qualidade do ar e disponibilizando os resultados em seu site oficial.

Condições meteorológicas no Rio Grande do Sul

A fumaça observada no Rio Grande do Sul recentemente é resultado dos ventos que transportam o material das queimadas na região central do país para o estado. De acordo com a Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), essa condição pode se repetir nos dias 18 e 19 de setembro, devido à atuação dos ventos vindos do Norte. Com a chegada de uma frente fria prevista para o dia 20, espera-se a diminuição da presença de fumaça na região.

 

Sobre a “chuva preta”

A chamada "chuva preta" ocorre quando partículas de fuligem em suspensão no ar são transportadas pelas gotas de chuva até o solo. Essas partículas são formadas durante a combustão incompleta de materiais orgânicos, como nas queimadas. A presença dessas partículas, especialmente as menores que 2,5 micrômetros, pode ser observada quando o céu adquire uma coloração acinzentada, como foi registrado na última semana em Porto Alegre.

 

 

 

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