A fumaça gerada por queimadas em diversas regiões do Brasil tem se espalhado pelo país, cobrindo o céu e impactando a visibilidade desde o último fim de semana. As áreas mais afetadas incluem a região sul da Amazônia, abrangendo os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, além de ocorrências no interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Também foram registrados incêndios na parte boliviana da floresta Amazônica.
De acordo com especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a extensão da fumaça pode alcançar quase 5 milhões de quilômetros quadrados, correspondendo a aproximadamente 60% do território brasileiro. A expectativa é que a fuligem continue se espalhando pelos ventos, atingindo capitais do Uruguai e da Argentina até o fim da semana.
Meteorologistas apontam que a onda de calor, aliada à falta de chuva e à continuidade das queimadas, pode manter a densa camada de fumaça sobre o Brasil e em países vizinhos. O fenômeno é resultado da interação das correntes de vento com a atmosfera, o que facilita a dispersão da fumaça por longas distâncias.
A previsão é de que, enquanto persistirem os focos de incêndio e na ausência de frentes frias que ajudem a dispersar a fuligem, a cobertura de fumaça permaneça visível, principalmente nas regiões Sul do Brasil, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e possa se estender para outros estados do país.
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