O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou nesta quarta-feira (18) que qualquer ofensiva militar dos Estados Unidos contra o território iraniano resultará em reações com impactos duradouros. A fala foi transmitida pela emissora estatal do país em meio ao agravamento do conflito com Israel, que já dura seis dias.
Khamenei também afirmou que o país não aceitará rendição, em resposta a declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que havia condicionado o fim da escalada a uma “rendição incondicional” por parte do Irã. No início da semana, Trump deixou antecipadamente a cúpula do G7 para retornar aos Estados Unidos e discutir medidas diante da tensão no Oriente Médio. Segundo especialistas internacionais, a possibilidade de um ataque direto dos EUA ao Irã está sendo considerada.

Em paralelo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghaei, classificou qualquer interferência direta dos EUA como arriscada e alertou para a possibilidade de uma guerra regional de grandes proporções. Apesar da retórica, o Irã também sinalizou que uma solução por meio de negociações ainda é considerada viável.
No cenário militar, os Estados Unidos têm mantido ações defensivas, incluindo a interceptação de mísseis disparados contra Israel e o reforço de sua presença aérea no Oriente Médio. De acordo com fontes do governo americano, novas aeronaves de combate foram deslocadas para a região, com a permanência de outras sendo prorrogada.
No campo de batalha, as forças armadas do Irã e de Israel continuam trocando ataques aéreos. O exército israelense confirmou o lançamento de mísseis iranianos contra seu território e anunciou que eliminou, em bombardeio recente, o comandante militar iraniano Ali Shadmani. Explosões foram relatadas em cidades como Tel Aviv, Teerã e Karaj. Autoridades israelenses afirmaram que instruíram a evacuação de áreas próximas à capital iraniana para viabilizar ataques a alvos militares.

Até o momento, os dados oficiais dos dois governos indicam 248 mortes: 224 no Irã e 24 em Israel. Já um levantamento paralelo realizado por uma organização de direitos humanos estima pelo menos 585 mortos no território iraniano.
O chefe de governo israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que não descarta a eliminação de Khamenei, e Trump, em publicação em rede social, afirmou ter conhecimento da localização do líder iraniano, embora tenha dito que não tomará medidas contra ele "por enquanto".
A escalada entre Irã e Israel e o envolvimento crescente dos Estados Unidos têm gerado alertas sobre a possibilidade de um conflito mais amplo, com repercussões internacionais.
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