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Quinta-feira, 27 de Marco de 2025

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Mãe de Chloe se diz arrependida de ter “transformado” a filha em meme: “Uma culpa terrível”.

Expressão facial da garotinha de 2 anos na época se tornou viral nas redes sociais.

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Mãe de Chloe se diz arrependida de ter “transformado” a filha em meme: “Uma culpa terrível”.
Reprodução/Porto Alegre 24 horas
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Era uma manhã comum de 2013 quando Katie Clem e seu marido, David, decidiram fazer uma surpresa inesquecível para suas filhas: uma visita inesperada à Disneylândia. Com a câmera em mãos, registraram as reações das crianças no carro, mas não imaginavam que aquele vídeo caseiro mudaria para sempre a dinâmica de sua família. Intitulado “Lily’s Disneyland Surprise… AGAIN!”, o vídeo ganhou proporções inimagináveis ao transformar Chloe Clem, então com apenas dois anos, em um meme global.

Hoje, Chloe, com 14 anos, não se parece mais com a menina de expressão cética que ficou gravada na memória da internet. No entanto, o impacto de sua fama precoce continua sendo tema de reflexão para sua mãe, que compartilhou recentemente sua história na revista People. Katie admite sentir uma “culpa terrível” por expor Chloe à fama tão jovem. “As pessoas vinham até ela, eram malucas. Tiravam fotos dela“, lembra, destacando como a viralidade trouxe consequências inesperadas.

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Recompensa financeira e o custo emocional

Embora a exposição tenha gerado oportunidades únicas — como viagens, estadias na Dream Suite da Disneylândia e acordos com grandes marcas como o Google Pixel —, Katie revela que a fama também teve um lado obscuro. O sucesso do meme ajudou a família a superar dificuldades financeiras, pagando contas, aluguel e garantindo economias para a educação de Chloe. Em 2021, o casal chegou a vender a imagem icônica da filha como um token não fungível (NFT) por impressionantes 74 mil dólares.

Apesar das conquistas, Katie admite que as filhas nunca consentiram plenamente em participar dos vídeos. “No começo foi muito divertido, mas com o tempo percebi que era demais para elas. Senti que ninguém estava se beneficiando com isso“, reflete. Desde 2021, a família reduziu drasticamente a publicação de conteúdo no canal, que acumulava 300 mil inscritos.

Privacidade infantil

A história de Chloe e sua família é um retrato do dilema enfrentado por muitos influenciadores que utilizam a vida familiar como conteúdo para redes sociais. O caso da britânica Molly Gunn, mãe influenciadora com mais de 110 mil seguidores, reforça esse debate. Após anos expondo seus três filhos, Gunn decidiu excluir milhares de fotos e encerrar uma década de compartilhamentos pessoais. “O nível de visibilidade teve um impacto negativo sobre nós“, admitiu.

A questão central é: a privacidade das crianças é um preço justo a pagar pela popularidade e pelos benefícios financeiros dos pais? Para Katie Clem, a resposta é complexa. Apesar de ter transformado a vida da família, ela agora questiona os limites dessa exposição. “Você entra nesse trem e diz sim para tudo, mas, com o tempo, percebe o peso disso“, afirma.

Embora a viralidade de Chloe tenha trazido experiências únicas, como viagens ao Brasil e parcerias com grandes marcas, Katie agora prioriza o bem-estar das filhas. A pausa nos conteúdos do YouTube reflete essa mudança de perspectiva, marcada pela busca de um equilíbrio entre a fama e a privacidade familiar.

FONTE/CRÉDITOS: Kawane Licheski/Porto Alegre 24 horas
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