A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou denúncia contra a médica Erika Bastos Schluter e duas auxiliares de enfermagem pelo homicídio culposo de Alexandre Moraes de Lara, que morreu em 2025, aos 31 anos, após complicações causadas por uma superdosagem de medicamento em Porto Alegre.
O caso teve início em outubro de 2021, quando Alexandre, então com 28 anos, foi internado para tratar um problema cardíaco e recebeu 300 miligramas de propafenona, dose dez vezes maior do que a prescrita. Pouco depois, ele sofreu parada cardiorrespiratória e entrou em estado vegetativo, no qual permaneceu até o óbito.
A investigação da Polícia Civil concluiu que a médica autorizou a aplicação da medicação mesmo após alerta de um enfermeiro sobre a quantidade. O inquérito também apontou falhas administrativas no cadastro da dosagem pela farmácia do hospital. Inicialmente, a denúncia era por lesão corporal gravíssima, mas foi alterada para homicídio culposo após a morte da vítima.
A Justiça confirmou que Erika foi formalmente citada para responder ao processo. As duas auxiliares de enfermagem também foram denunciadas, mas ainda aguardam citação. As próximas etapas incluem a realização de audiências e a definição da data de julgamento.
Alexandre deixou esposa e uma filha, que nasceu enquanto ele já se encontrava em estado vegetativo. A certidão de óbito apontou como causa da morte intoxicação medicamentosa.
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