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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025

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Médica e auxiliares de enfermagem se tornam rés por morte de paciente após superdosagem em Porto Alegre

Homem de 28 anos recebeu dose dez vezes maior de medicação cardíaca em 2021, permaneceu três anos em estado vegetativo e morreu em 2025, aos 31 anos

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Médica e auxiliares de enfermagem se tornam rés por morte de paciente após superdosagem em Porto Alegre
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A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou denúncia contra a médica Erika Bastos Schluter e duas auxiliares de enfermagem pelo homicídio culposo de Alexandre Moraes de Lara, que morreu em 2025, aos 31 anos, após complicações causadas por uma superdosagem de medicamento em Porto Alegre.

O caso teve início em outubro de 2021, quando Alexandre, então com 28 anos, foi internado para tratar um problema cardíaco e recebeu 300 miligramas de propafenona, dose dez vezes maior do que a prescrita. Pouco depois, ele sofreu parada cardiorrespiratória e entrou em estado vegetativo, no qual permaneceu até o óbito.

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A investigação da Polícia Civil concluiu que a médica autorizou a aplicação da medicação mesmo após alerta de um enfermeiro sobre a quantidade. O inquérito também apontou falhas administrativas no cadastro da dosagem pela farmácia do hospital. Inicialmente, a denúncia era por lesão corporal gravíssima, mas foi alterada para homicídio culposo após a morte da vítima.

A Justiça confirmou que Erika foi formalmente citada para responder ao processo. As duas auxiliares de enfermagem também foram denunciadas, mas ainda aguardam citação. As próximas etapas incluem a realização de audiências e a definição da data de julgamento.

Alexandre deixou esposa e uma filha, que nasceu enquanto ele já se encontrava em estado vegetativo. A certidão de óbito apontou como causa da morte intoxicação medicamentosa.

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