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Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024

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Mortes violentas no Brasil caem 3,4% em 2023, mas país segue entre os mais violentos do mundo

Santana (AP) lidera ranking das cidades mais violentas, com 92,9 mortes por 100 mil habitantes

Redação TVGO
Por Redação TVGO
Mortes violentas no Brasil caem 3,4% em 2023, mas país segue entre os mais violentos do mundo
Arquivo - Agência Brasil
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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na manhã da quinta-feira (18), aponta uma redução de 3,4% nas mortes violentas intencionais no Brasil em 2023, em comparação com 2022. Apesar da queda, o país ainda registra um número elevado, com 46.328 óbitos do tipo, o que representa 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

Dados Alarmes e Desigualdades Regionais

A taxa de MVI no Brasil é quase quatro vezes maior que a média mundial (22,8 contra 5,8 mortes por 100 mil habitantes). O Norte e Nordeste concentram os estados com maiores taxas de homicídios, impulsionados por disputas entre facções e altas taxas de letalidade policial.

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De acordo com os dados, o Amapá (69,9), Bahia (46,5) e Pernambuco (40,2) lideram as taxas de MVI por estado. Em contrapartida, São Paulo (7,8), Santa Catarina (8,9) e Distrito Federal (11,1) apresentam as menores taxas.

O município lidera o ranking nacional com 92,9 mortes violentas por 100 mil habitantes, mais de quatro vezes a média nacional. Seis das dez cidades mais violentas do país estão na Bahia.

Investimentos em Segurança Pública

Segundo os dados, o Brasil investiu R$ 137,9 bilhões em segurança pública em 2023, um aumento de 4,9% em relação a 2022. Os investimentos da União cresceram 8,7%, enquanto estados e DF registraram aumento de 3,6%. Municípios lideraram o crescimento, com 13,2% a mais em gastos com segurança, impulsionados pelas Guardas Civis Municipais e "operações delegadas".

Entre os fundos federais, o Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) teve queda de 48,6% entre 2017 e 2023, enquanto o Fundo Nacional de Segurança Pública cresceu 140,8% no mesmo período, alcançando R$ 2 bilhões.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é compilado com base em dados oficiais de governos estaduais, Tesouro Nacional, polícias e outras fontes.

Apesar da queda nas mortes violentas, o Brasil ainda enfrenta um cenário preocupante de violência, exigindo ações consistentes e direcionadas para as regiões e cidades mais afetadas.

A desigualdade nos investimentos em segurança pública entre os entes federativos também merece atenção, buscando-se uma distribuição mais justa e eficaz dos recursos.

 

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Contém informações da Agência Brasil
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