Na noite de quarta-feira (10), policiais militares receberam informações do setor de inteligência de que haveria uma máquina caça níquel em pleno funcionamento em um bar no bairro Bom Fim, na Zona Oeste de Guaíba.
Diante das informações, os policiais realizaram diligências no local, e localizaram uma máquina em funcionamento e diversas carteiras de cigarros. Na ação, foram apreendidas uma ceduleira, uma placa mãe, 63 pacotes de cigarro e quantia em dinheiro.
A proprietária do estabelecimento foi presa em flagrante e assumiu a responsabilidade do material. Ela informou que os cigarros eram contrabandeados do Paraguai.
Sobre o contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil
O contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil tem sido um problema persistente há muitos anos. O Paraguai é conhecido por ter uma indústria tabagista significativa e os cigarros são geralmente mais baratos lá do que no Brasil, principalmente devido aos impostos mais baixos. Isso cria uma oportunidade para o contrabando de cigarros para o Brasil, onde os preços são mais altos.
O contrabando de cigarros é ilegal e causa uma série de consequências negativas. Ele prejudica a indústria tabagista legal brasileira, que perde vendas e arrecadação de impostos. Além disso, o contrabando de cigarros também alimenta a criminalidade organizada e o tráfico de drogas, uma vez que muitas vezes os mesmos grupos estão envolvidos em atividades ilícitas.
A fiscalização das fronteiras e o combate ao contrabando de cigarros são desafios complexos. As autoridades brasileiras têm realizado operações para tentar combater essa prática ilegal, com apreensões de grandes quantidades de cigarros contrabandeados. No entanto, o contrabando de cigarros continua a ser um problema persistente devido à extensão da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, às rotas estabelecidas pelos contrabandistas e à corrupção que muitas vezes está envolvida.
Contrabando cai, mas 49% dos cigarros vendidos no Brasil ainda são ilegais
Uma pesquisa de 2021 do Ibope Inteligência/Ipec apontou que, em 2020, ano marcado pelo enfrentamento da pandemia da covid-19, a ilegalidade respondeu por 49% de todos os cigarros consumidos no Brasil. O índice é inferior aos 57% registraqdos em 2019, quando o mercado ilegal de cigarros alcançou o patamar mais alto. A queda se deve à elevação do dólar provocada pela pandemia, que aproximou o valor do cigarro contrabandeado do cigarro legal, que, no Brasil, tem o preço mínimo definido por lei de R$ 5.
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