A Justiça do Maranhão decretou, na sexta-feira (18), a prisão preventiva de uma mulher suspeita de envolvimento na morte de uma criança de sete anos e na internação de duas pessoas, após o consumo de um ovo de Páscoa entregue a uma família em Imperatriz (MA). A decisão foi tomada durante audiência de custódia. A suspeita será transferida do presídio de Santa Inês para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a mulher detida é ex-companheira do atual parceiro de uma das vítimas. Em depoimento, ela admitiu ter comprado o chocolate, mas negou a adição de qualquer substância tóxica. A motivação do crime está sendo apurada, e a polícia trabalha com a hipótese de vingança.
A investigação reúne imagens de câmeras de segurança, comprovantes de compra e relatos de familiares. A suspeita foi localizada após análise dos registros de hospedagem em um hotel de Imperatriz, no dia do ocorrido, e de imagens que mostram a compra do chocolate em uma loja da cidade, onde ela aparece com óculos escuros e peruca.
Segundo a polícia, uma das vítimas relatou ter recebido uma ligação de uma mulher perguntando se o ovo de Páscoa havia sido entregue. A ligação ocorreu pouco após o recebimento do item, que chegou à residência por meio de um motoboy, acompanhado de um bilhete com dedicatória.
A criança que consumiu o chocolate apresentou sintomas de mal-estar logo após a ingestão, foi levada ao hospital e morreu horas depois. A mãe e a irmã do menino foram internadas na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz, em estado grave, com sintomas semelhantes.
No momento da prisão, a suspeita portava perucas e restos de chocolate, além de bilhetes de passagens de ônibus. Os materiais foram recolhidos e encaminhados para análise. Amostras do chocolate e exames de sangue das vítimas estão sendo periciados pelo Instituto de Criminalística. O laudo técnico deve ser concluído em até dez dias.
As investigações continuam para determinar o conteúdo da substância ingerida e concluir o inquérito policial. Até o momento, a defesa da suspeita não foi localizada.
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