Segundo informações preliminares, um tratamento inédito desenvolvido a partir de uma pesquisa brasileira, feita na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conseguiu eliminar o HIV de um homem que vivia com o vírus havia sete anos. Não se encontra mais sinal do micro-organismo no paciente há 17 meses.
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Os detalhes do trabalho foram apresentados na Conferência Internacional de Aids, que aconteceu de forma virtual em razão da pandemia de covid-19. A confirmação desse resultado tem importância histórica por ser o primeiro tratamento de sucesso contra o HIV que não envolve transplante de medula — solução que já obteve bons resultados em duas pessoas anteriormente.
Segundo informações divulgadas em uma reportagem da rede CNN, a fórmula desenvolvida no Brasil para reduzir a replicação do HIV utiliza combinações de diferentes remédios e uma vacina produzida a partir do DNA do próprio paciente. O estudo da Unifesp envolveu um pequeno número de homens que já apresentavam uma carga viral baixa, ou seja, uma quantidade de células infectadas tão pequena em razão de tratamentos anteriores que já não eram capazes de contaminar outras pessoas.
Até agora, apenas dois outros pacientes se livraram do vírus da aids no mundo — ambos receberam um transplante de medula em que uma espécie de “defeito genético” associado ao procedimento bloqueou a reprodução do HIV. Porém o transplante de medula tem alguns efeitos colaterais. Em uma segunda etapa, a pesquisa deverá incluir voluntárias mulheres (até o momento, os participantes eram homens) e somar cerca de 60 pessoas.
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