A Polícia Civil prendeu novamente preventivamente, na manhã da sexta-feira (09), o casal de influenciadores digitais Gladison Pieri e Pamela Pavão, investigados por um esquema de rifas virtuais. A dupla já havia sido detida no início da semana por posse irregular de arma de fogo.
Conforme a investigação, os suspeitos promoviam sorteios de diversos prêmios nas redes sociais, mas a polícia suspeita que os resultados eram manipulados para beneficiar pessoas próximas ao casal. Além disso, os valores arrecadados com a venda das cotas das rifas eram movimentados de forma irregular, com indícios de lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil aponta que o esquema envolvia a exploração de jogos de azar, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os investigados teriam utilizado empresas para ocultar a origem dos valores obtidos com as rifas e adquirido bens de luxo, como carros de alta performance e imóveis.
A defesa do casal contestou a prisão preventiva, alegando que a medida seria desnecessária. No entanto, a Justiça entendeu que a continuidade das investigações estava comprometida, já que os suspeitos poderiam continuar praticando os crimes. A legislação brasileira proíbe rifas virtuais sem autorização expressa do Ministério da Fazenda, sendo permitidas apenas em casos específicos, como causas filantrópicas.
A investigação aponta indícios de manipulação nos sorteios e que nem todos os prêmios eram entregues, sendo sorteados para pessoas próximas aos influenciadores.
Durante a operação, foram apreendidos 15 veículos, incluindo marcas de luxo. Além disso, há suspeitas de lavagem de dinheiro, com a ocultação de bens e mistura de capitais provenientes das rifas com outras atividades comerciais dos investigados.
Nota da defesa do casal
"Os advogados André Callegari e Marília Fontenele, que defendem o casal Gladison e Pamela, afirmam que foram surpreendidos pela decretação de prisão, medida reconhecidamente desnecessária pelo juízo quando da deflagração da operação há dois dias atrás. Decretar uma prisão por suposta reiteração criminosa sem que sequer fossem implementadas as cautelares alternativas à prisão, foge a boa aplicação do Código de Processo Penal".
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