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Terça-feira, 13 de Maio de 2025

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Publicações sobre Bolsonaro levam CNJ a suspender desembargador do RJ por 60 dias

Decisão considera que postagens comprometem imagem de imparcialidade do Judiciário

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Publicações sobre Bolsonaro levam CNJ a suspender desembargador do RJ por 60 dias
Alan Santos/PR
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento, por 60 dias, do desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada em sessão plenária e tem como fundamento publicações de teor político-partidário feitas pelo magistrado em redes sociais.

O processo analisado tratava de diversas acusações, entre elas, tráfico de influência, paralisação indevida de processos e ausência de comunicação de suspeição em casos com atuação de familiar. No entanto, o relator do caso, conselheiro Alexandre Teixeira, considerou que não houve elementos suficientes para responsabilização nessas condutas, sugerindo penalidade apenas em razão das manifestações públicas nas redes.

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Entre as ações analisadas, o desembargador compartilhou mensagens em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de sua conta no LinkedIn. Também foi noticiado o registro de um encontro com Bolsonaro e sua comitiva durante viagem a Dubai, além do envio de mensagem em um grupo de WhatsApp com conteúdo que associava o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a uma organização criminosa.

A defesa do magistrado alegou que as interações nas redes se limitaram ao compartilhamento de conteúdos institucionais, sem comentários pessoais. O plenário do CNJ, contudo, entendeu que as publicações geraram impacto significativo, contribuindo para questionamentos públicos sobre a atuação da Justiça Eleitoral.

A proposta inicial previa o afastamento por 90 dias, mas a maioria dos conselheiros optou por reduzir o período para 60 dias, com base em precedentes semelhantes. Durante esse tempo, o desembargador permanece em disponibilidade, com recebimento proporcional dos vencimentos.

FONTE/CRÉDITOS: Contém informações da Agência Brasil
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