A Reculuta faz parte da história da cidade, tendo sido palco para muitos artista conhecidos, tais como Elton Saldanha, Joca Martins e Luiz Marenco e outros tantos tão bons quanto. O festival ganhou vida na cidade em 1982 e aconteceu até 2013. Em novembro de 2019 foi sancionada a lei que tornou a Reculuta da canção crioula patrimônio imaterial de Guaíba.
Destaca-se que assim como foi ao pé do cipreste que planejou-se a tomada de Porto Alegre, foi na casa de Gomes Jardim que os tradicionalistas Gaston Leão, Paulo Lobato, José Claudio Machado entre outros, tiveram as primeiras ideias do festival. Tudo estava programado para que em junho de 2020 tivéssemos o retorno da Reculuta. Porém devido a necessidade do isolamento social, sua volta será em um formato especial, o virtual, com categoria infantil, juvenil e adulto e uma nova modalidade de infanto-juvenil, tudo em prol de mantê-lo no calendário cultural da cidade por longos anos.
Então, novamente este agosto nos enche de orgulho, pois ontem, dia 20/08 foi o marco do retorno do festival, com apresentações da Reculuta do Amanhã e da Reculuta da Canção Crioula, tendo abertura do show de Manity Oliveira e encerramento de Fernando Espindola e Lincon Ramos. O evento segue no dia de hoje e ainda amanhã com diversos músicos abrilhantando a noite. A semana escolhida, não foi atoa, os dias ocorrem dentro da semana do património do museu Carlos Nobre.
No ano passado a Reculuta fez parte da temática apresentada pelo grupo adulto do CTG Darci Fagundes no ENART, especialmente levamos ao palco uma homenagem a José Claudio Machado, chegando a finalíssima no dia 17 de novembro, data marcada pelo aniversário do mesmo, onde estaria completando seus 71 anos. Quem conhece a história do artista, sabe que não há como contá-la sem passar pelas linhas do festival de música gaúcha de Guaíba.
Gosto sempre de destacar trechos de música, e desta vez mais do que perfeito é citar parte da música da nossa coreografia de entrada:“ É arte, é tradição, é história. É Reculuta da Canção”. Neste ano, ainda estaríamos contando a história do festival guaibense pelos tablados do estado, mas as circunstâncias atuais não permitiram. No entanto, seguimos honrados por termos contado no maior festival de arte amadora da américa latina e melhor ainda agora que sabemos que a reculuta vive.
Portanto, não a perca. Está sendo transmitida pela página do facebook do museu, bem como no youtube e página do Festival da Reculuta da Canção Crioula - Edição Virtual. Ceva teu mate, junta a família e vem comigo prestigiar o nosso festival, que conta a história do gaúcho nas letras e composições que nele foram, são e serão apresentadas. Vida Longa Reculuta!
Foto: Lucas Nunes
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