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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024

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O que nos espera nesse ano de renovação na liderança do Movimento Tradicionalista

O movimento mais machista do planeta será comandado por uma mulher

Mário Terres - Tradicionalismo
Por Mário Terres -...
O que nos espera nesse ano de renovação na liderança do Movimento Tradicionalista
Pedro Molnar
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Há quem não creia. Há quem pensou não conseguir chegar até esse momento, para ver as coisas acontecerem dessa forma. Ainda existem os céticos, os empolgados, tantos entre todos os que, por algum interesse, aguardam ansiosos o movimento mais machista do planeta ser comandado por uma mulher.

Sou da ala dos que torcem para que a senhora que assumir a cadeira mais alta da tribuna do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), seja um ponto de inflexão nos rumos do movimento. Que traga em sua maleta de trabalho muita cola para colar as rachaduras, uma bússola confiável para colocar o barco no curso, um tanto de afeto para criar ligações entre os tantos envolvidos nesse sistema, uma faca bem afiada para cortar a corda e largar de bunda no chão os que medem forças nesse cabo de guerra. Onde uns puxam pra um lado, outros puxam pro outro e tantos puxam o saco dos que nada puxam e fazem alarde ao invés de fazer o bem para o  movimento.

Que essa nova senhora do tradicionalismo traga a candura de mãe para ouvir e afagar todos os que agonizam sem voz. Não por não poderem falar, mas por serem calados por pura ignorância. Que essa senhora traga a mão macia maso pulso firme, para mostrar o caminho. Tenha os olhos e ouvidos atentos aos que sorrateiramente buscam um lugar ao sol de forma inescrupulosa e egocêntrica. Que ela tenha decorado a Carta de Princípios e a tese do Barbosa Lessa “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo” para catequisar os que a sua volta vão dizer insistentemente que pensam no melhor para o MTG e as entidades mas que, por debaixo dos panos, sigam buscando apenas estabelecer acordos para conquistas de seus planos pessoais.

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Os patrões carecem de uma unidade, alguém que consiga escutar seus anseios. Separar o que precisa ser tratado do que são apenas rusgas e/ou desejos e colocar em pauta na busca de um movimento sólido e de um objetivo comum. Bom sabemos que não é e nunca será fácil reger um coral com tantas vozes como este. Alguns tenores querem gritar mais que contraltos, barítonos por vezes se fingem de mudos e as coisas nunca são afinadas e compassadas como deveriam.

Mas penso que o mais importante dessa mudança é o que virá depois da disputa. Para que o MTG se reforce, se reintegre e vire unidade precisam as candidatas pleitear a disputa antes do momento decisório. Mas que tenham consciência plena de que após a nomeação de quem estará à frente de tudo. A outra parte não pode virar oposição, pois isso acaba derrubando não quem está com o cetro na mão, mas todo um movimento que foi fundamentado na união. No movimento popular visando o bem comum, no bem coletivo, há que ter sempre o propósito maior antes de uma prerrogativa pessoal norteando essa caminhada.

Se ambas as candidatas, ao final da escolha de quem ficará com as rédeas do movimento na mão, se unirem e praticarem tudo o que vem praticando em suas regiões. As senhoras que buscam o poder dentro do tradicionalismo tem história e trajetória, tem o crédito de muitos adeptos e portanto nos parece será um disputa acirrada e parelha.

Já se nota um movimento de alguns interessados em “apoiar” as candidatas, mas me preocupa a demonstração de apoio que no pano de fundo trazem acordos de pós eleição, com troca de favores e manobras interesseiras. Essa armadilha é perigosa e traiçoeira.

Sejamos otimistas e proativos na maneira que nos couber, lembrando que, independente de quem lidera, os objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho é um só. Temos que zelar pela busca incansável da profusão de nossos costumes mais rudimentares, trazer as verdades históricas e fomentar a pesquisa. Lutar para que as escolas tenham em toda a grade curricular, dos cursos primários, uma carga pedagógica destinada ao estudo de nossas tradições. Que as danças tradicionais voltem a ser ensinadas nas escolas e daí migram os integrantes de um invernada estudantil para o corpo de baile de um CTG e a garantia de perpetuar estará semeada.

Que os bons ventos soprem sobre as mentes brilhantes de Elenir Winck e Gilda Galeazzi para que o Movimento Tradicionalista Gaúcho se encha de novas ideias. Mas, principalmente, o coração de cada tradicionalista se encha de orgulho em manter vivo o que nos legaram nossos antepassados, e o “Piquete da Tradição” nos entregou pronto para crescer. Sejam felizes mulheres da Tradição, sejam fortes e sejam respeitadas acima de tudo!



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