O nome Reculuta é conhecido em todo Rio Grande do Sul. E não é somente por causa do grande concurso de música nativista sediado em Guaíba, mas também por causa da Cerveja Reculuta. O sócio da empresa, Cristiano Mielczarski, recebeu a Coluna do Guaíba Online na fábrica da primeira cervejaria da cidade para contar sua história, mostrar seus estilos e conversar sobre as novidades e como estão enfrentando a situação atual de pandemia.
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Cristiano conta que tudo começou com Wilson Dias, fundador da marca, que iniciou degustando cervejas e produzindo as primeiras unidades na própria casa, utilizando os equipamentos conhecidos como “panelões”. Wilson trabalhou um ano na cervejaria Al Capone, em Canoas, e lá teve a oportunidade de iniciar o projeto da Reculuta. O nome escolhido é uma homenagem ao evento Reculuta da Canção Crioula, tradicional certame de música gaúcha que foi realizado entre 1982 e 2013 e, hoje Patrimônio Imaterial de Guaíba, está de volta em 2020 com uma edição virtual.
Inicialmente a cervejaria era cigana - nome que se dá quando a marca não produz a própria cerveja, mas terceiriza a tarefa contratando uma linha de produção de outra cervejaria. Após um ano operando de tal forma, a marca abriu sua fábrica em Guaíba no início de 2016. Com cinco anos de vida, a Reculuta já chegou a produzir 30 mil litros de cerveja em um mês. Segundo Cristiano, o recorde é a meta que desejam atingir novamente como retomada após o período de pandemia.
- “Antes do distanciamento social, os carros-chefe da cervejaria eram os bares e eventos. A gente atendia eles com os barris de chopp. Ainda tínhamos um bom consumo no atendimento de delivery (tele-entrega), onde os clientes buscavam ou recebiam os barris para suas festas e eventos particulares”, conta o empresário.
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Contudo, a pandemia trouxe o fechamento dos bares e fez a marca se reposicionar como empresa e adaptar seus produtos para o mercado. Uma das soluções encontradas foi a troca das embalagens das clássicas garrafas de vidro para as garrafas de plástico PET (polietileno). Todos os seis estilos da marca já estão disponíveis no novo formato: Pilsen, Weiss, APA (American Pale Ale), IPA (Indian Pale ALE), Red IPA e também Red Ale.
A nova garrafa trouxe consigo algumas mudanças: o conteúdo de cada uma passou de 600ml para um litro, a validade foi reduzida de seis meses para três e o preço ao público final caiu consideravelmente - um litro do rótulo Pilsen, por exemplo, pode ter cerca de 40% de desconto no valor promocional. Com a novidade, os cervejeiros puderam mudar o foco na distribuição e passaram a atingir as gôndolas dos supermercados da região.
Cristiano conta que no mês de junho, por exemplo, as vendas já foram “meio a meio”, ou seja, metade em garrafas PET e metade em barris de chopp. Segundo o gerente, em breve chegará o momento em que a empresa terá a maioria de sua produção voltada para os rótulos em PET.
- “Nossa garrafa tem a cor âmbar e por isso controla a questão do contato de luminosidade com o produto. Testamos por dois meses e não tivemos diferença de qualidade para as antigas garrafas”, afirmou Cristiano.
A empresa ainda produz cervejas sob demanda, atendendo as marcas, que assim como no início da Reculuta, são ciganas. A cervejaria guaibense produz as receitas de clientes e entrega o produto final já envasado e rotulado. A tele-entrega das cervejas da Reculuta em Guaíba e região pode ser solicitada pelo telefone (51)99687.2312.
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