De acordo com a nossa Constituição Federal, os serviços públicos são bens essenciais para a sobrevivência básica da sociedade, desse modo, são considerados direitos fundamentais, como o acesso ao saneamento básico, saúde, educação, assistência social, energia elétrica, água potável, segurança, iluminação pública e até mesmo áreas de convivências, como são os parques e as praças públicas..
Para cada um desses serviços, existe por trás toda uma estrutura de capital humano e uma série de equipamentos, ferramentas e aparato tecnológico para que seja possível a prestação e o fornecimento dos serviços, onde o destinatário, ou seja, o recebedor possa aproveitar e usufruir.
O que acontece é que na maioria das vezes, grande parte da população não recebe os serviços públicos com qualidade, haja vista as inúmeras ruas cheias de buracos, mal pavimentadas e desniveladas, causando sérios prejuízos econômicos para quem trafega com os seus automóveis.
Infelizmente, a população tem motivos de sobra para exigir e reclamar de diversos serviços públicos essenciais, pois estão no seu direito de exercer a cidadania, porém, é importante que fique bem claro que há limites dos limites, e a liberdade de expressão encontra a sua fronteira quando ofende a honra individual ou coletiva de outrem. Explico..
Reclamar da péssima prestação dos serviços públicos não é o mesmo, e nem deve ser, desrespeitar um funcionário público ou uma categoria, que por sinal, também é um trabalhador.
Atualmente, parece que virou normal tentar ganhar popularidade ofendendo o outro, isso mostra o quanto somos evoluídos ou atrasados como civilização, na medida em que por trás de um ofensor existe um público que o aplaude.
Portanto não confunda lutar por direitos e por justiça com o mesmo que ofender servidores públicos de carreira, onde ingressaram pela porta da frente através de concurso público e provas de títulos e ainda por cima não são valorizados e tentam manter a máquina pública com péssimas condições de trabalho..
Precisamos entender, como civilização não atrasada, que os nossos verdadeiros MITOS são aqueles que limpam no final da tarde as ruas, aqueles que cuidam a comunidade na prevenção da dengue e endemias, aos nossos professores e tantas outras categorias dos serviços públicos que são tão essenciais para o nosso bem estar coletivo.
Nesse sentido, não aplauda e nem ovacione que a pretexto de querer se mostrar como “voz da justiça”, tenta atingir popularidade desrespeitando trabalhadores públicos.
A sociedade precisa entender que se os serviços públicos não são oferecidos com qualidade para o cidadão, o culpado não é o pobre funcionário público, que está na base da pirâmide, mas a classe política, seja o executivo ou o legislativo, que está no topo da pirâmide, porque é a classe política que define como será a regra do jogo.
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