Cerca de 1.200 pessoas, de acordo com a Associacao Amigos do Meio Ambiente (AMA), participaram da Audiência Pública do Projeto Mina Guaíba, realizada na quinta-feira (27), na Escola David Riegel Neto, em Eldorado do Sul. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) apresentou o estudo de impacto ambiental do projeto da Copelmi para a licença prévia. A empresa quer instalar a maior mina de carvão à céu aberto em Eldorado e Charqueadas, na Região Carbonífera.
Entre os manifestantes estavam cartazes com frases contra o projeto de instalação, como “Copelmi é inimiga do meio ambiente” e “não compramos rio e nem ar no supermercado”. Por outro lado, adolescentes de escolas de Bútia estavam de camisas de apoio a Copelmi. A grande maioria das falas foram contra o empreendimento. A empresa ainda não conta com apoio expressivo da população de Eldorado do Sul. O evento foi até às duas da madrugada.
Segundo o site Amigos da Terra, os estudos são insuficientes sobre os impactos ambientais e ficam incertezas se os rejeitos poderiam contaminar a água que abastece a população. Além disso, os estudos da própria empresa demonstram que a qualidade do ar da região irá piorar. A audiência acabou sem encaminhamentos e moradores de Porto Alegre solicitaram audiência pública na capital, pois também serão impactados pela mina.
Para a mineradora, trata-se de um projeto estratégico para o Rio Grande do Sul, visto que nosso Estado tem forte dependência da importação de energia gerada em outras regiões do País. Está prevista a criação de 331 empregos diretos e 83 empregos indiretos ao longo dos três anos da obra. Ela alega que é comprometida com o processo de licencimento ambiental, contratou e envolveu cerca de 100 profissionais de diversas especialidades para a elaboração do Estudo de Impacto ao Meio Ambiente (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) . "Estes estudos produziram informações e análises respectivas que apontaram a viabilidade ambiental do empreendimento", escreve em nota.
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