A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, vinculada ao Ministério da Saúde e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), registrou redução nas doações de leite materno neste ano, o que tem comprometido o atendimento de recém-nascidos em unidades de terapia intensiva neonatal.

Atualmente, o país conta com 238 bancos de leite e 257 postos de coleta, responsáveis pelo recolhimento e processamento do leite doado. De janeiro a agosto, foram coletados mais de 166 mil litros de leite humano, provenientes de cerca de 120 mil doadoras, volume suficiente para atender aproximadamente 155 mil bebês prematuros. Apesar dos números expressivos, a demanda continua superior à oferta em diversas regiões.
Em um hospital público de São Paulo, por exemplo, o estoque atual é de apenas 12 litros, quantidade insuficiente para atender todos os 13 bebês internados na UTI neonatal. A instituição precisaria de ao menos 40 litros adicionais para suprir a demanda. Apenas sete recém-nascidos estão recebendo leite humano, enquanto os demais dependem de fórmulas infantis.
De acordo com profissionais que atuam nos bancos de leite, o período de final de ano costuma registrar queda nas doações, o que pode agravar a escassez nos próximos meses. O leite materno é essencial para o desenvolvimento e a imunidade dos bebês, especialmente os prematuros.

Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde. As interessadas podem consultar os locais de coleta mais próximos por meio dos links disponibilizados pela Fiocruz:
Como doar: https://rblh.fiocruz.br/doacao-de-leite-humano-0
Onde doar: https://rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs
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