A Polícia Civil e a Brigada Militar realizaram, na manhã desta terça-feira (19), a prisão preventiva de dois homens suspeitos de manter uma mulher em cárcere privado em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul. Os suspeitos, de 19 e 31 anos, foram levados ao Presídio Regional de Passo Fundo, onde permanecem à disposição da Justiça. Além das prisões, as autoridades cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos investigados.

Segundo a Polícia Civil, o jovem de 19 anos também é investigado por participação em um roubo aos Correios. As prisões decorrem do resgate da vítima, ocorrido em 14 de julho, em um imóvel na Rua Ângelo Preto, próximo à rodoviária de Passo Fundo. A Brigada Militar foi acionada por relatos de gritos de socorro vindos de um estabelecimento comercial, local em que a mulher trabalhava.
A vítima, de 34 anos, informou que foi mantida em cativeiro dentro do bar por aproximadamente uma semana, acusada de ter furtado um secador de cabelo. Durante o período em que permaneceu presa, relatou ter sofrido agressões físicas e queimaduras causadas por um garfo aquecido. A mulher conseguiu escapar ao pular um muro nos fundos do imóvel, chegando a uma propriedade vizinha, onde solicitou ajuda.

As autoridades reforçam que casos de violência doméstica e sexual podem ser denunciados de forma presencial, por telefone ou online. Entre os canais de atendimento disponíveis estão:
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Brigada Militar: Emergência 190, com atendimento 24 horas em todo o Estado.
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Polícia Civil: Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher ou qualquer delegacia de polícia.
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Delegacia da Mulher de Porto Alegre: Rua Professor Freitas e Castro, Palácio da Polícia, bairro Azenha; telefones: (51) 3288-2173 / 3288-2327 / 3288-2172 ou Disque 197.
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Delegacia Online: Registro de ocorrências e solicitação de medidas protetivas pela internet.
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Central de Atendimento à Mulher: Disque 180, atendimento 24 horas, gratuito e confidencial.
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Defensoria Pública do RS: Apoio jurídico gratuito pelo 0800 644 5556.
Em Guaíba, o atendimento às vítimas de violência pode ser realizado no Centro de Referência de Atendimento à Mulher Jussara Brito (CRAM), localizado na Rua Santa Catarina, 81, Centro. O local oferece suporte psicológico, jurídico e social, integrando a rede de proteção às vítimas e promovendo escuta, acolhimento e encaminhamento para medidas de proteção e responsabilização dos agressores.
O caso segue sob investigação, e as autoridades mantêm monitoramento sobre possíveis outros envolvidos e desdobramentos relacionados ao cárcere privado e ao roubo investigado.
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