A rede de saúde de Porto Alegre enfrenta um cenário de alta demanda em suas emergências nesta quarta-feira (28). Hospitais e prontos-socorros operam acima da capacidade, com ocupação de leitos significativamente superior ao número disponível.
De acordo com dados coletados, as emergências adultas apresentam uma taxa de ocupação de 192,12%, enquanto as emergências pediátricas registram 106,35%.
Dados indicam que, dos 203 leitos destinados às emergências adultas, 390 pacientes estão em observação ou internação, e 74 aguardam atendimento.
A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre relatou uma ocupação elevada, particularmente no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O cenário é semelhante nos Prontos Atendimentos da cidade, com destaque para o Pronto Atendimento da Bom Jesus, onde 23 pacientes ocupam os sete leitos disponíveis, e o Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul, que possui 25 pacientes em observação nos seus nove leitos.
No Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, 20 pacientes estão internados em um espaço com oito leitos, enquanto na UPA ZN – Moacyr Scliar, 57 pacientes ocupam os 17 leitos disponíveis.
As emergências pediátricas também enfrentam desafios de ocupação, com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) registrando 150 pacientes para 56 leitos na emergência adulta e 30 crianças para nove leitos na emergência pediátrica. Segundo o HCPA, as equipes estão priorizando casos de maior gravidade e orientando a população a buscar outros serviços de saúde ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) para situações menos urgentes.
Outros hospitais da capital também enfrentam ocupação elevada, como o Hospital Conceição, com 27 pacientes ocupando os 16 leitos pediátricos disponíveis, e o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, que possui 14 pacientes em observação nos seus 15 leitos pediátricos. No entanto, esses locais relatam que não há filas de espera no momento.
A alta demanda por leitos nas emergências não tem relação direta com as condições climáticas, sendo atribuída ao aumento geral da demanda e à limitação de leitos disponíveis na rede.
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