Teve início na quarta-feira (07), mais uma edição do exercício internacional Locked Shields, voltado ao treinamento e coordenação de ações em defesa cibernética. A atividade é promovida pelo Centro de Excelência em Defesa Cibernética Colaborativa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO CCDCOE), com sede na Estônia. O Brasil participa ao lado de outras 40 nações e é o único representante da América Latina no evento.
O exercício tem como finalidade simular ataques cibernéticos de grande escala e testar a capacidade de resposta de governos, forças armadas e instituições públicas. As simulações incluem incidentes em sistemas de comunicação, infraestrutura crítica, redes militares e serviços civis.
As ações são divididas em dois eixos principais: técnico e estratégico. No nível técnico, especialistas em guerra cibernética das três Forças Armadas brasileiras integram equipes multinacionais. Neste ano, o Brasil atua em conjunto com profissionais da Espanha e da Suíça. Essas equipes enfrentam cenários simulados de ameaças digitais, com o objetivo de desenvolver respostas em tempo real e fortalecer a cooperação internacional.
No nível estratégico, a participação brasileira ocorre de forma independente. Representantes da Administração Pública Federal e da Justiça Militar da União discutem medidas legais, administrativas e institucionais relacionadas à gestão de crises no ambiente digital.
De acordo com o Comando de Defesa Cibernética, a atividade é considerada relevante para o desenvolvimento de capacidades nacionais no setor. A participação em exercícios como o Locked Shields permite o aprimoramento de protocolos de segurança e a troca de experiências com países que possuem estruturas consolidadas na área cibernética.
O exercício Locked Shields é realizado anualmente desde 2010 e é reconhecido como uma das maiores simulações do mundo voltadas à segurança digital.
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