O governo do Rio Grande do Sul anunciou, na sexta-feira (3), a criação de um comitê intersetorial para acompanhar e responder a possíveis casos de contaminação por metanol em bebidas no Estado. A medida ocorre de forma preventiva, já que até o momento não há registros de intoxicação pela substância em território gaúcho.
O grupo contará com representantes das secretarias estaduais de Saúde, Segurança e Agricultura, além de órgãos como o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a Brigada Militar, a Polícia Civil, o Instituto-Geral de Perícias e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O objetivo é garantir integração entre as áreas e uma resposta rápida caso sejam identificadas ocorrências suspeitas.
Em nível nacional, o Ministério da Saúde informou que há 113 casos sob investigação de possível intoxicação por metanol, com 11 confirmações laboratoriais. Uma morte foi registrada em São Paulo e outras sete ainda são investigadas. O governo federal, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciou uma busca internacional por fornecedores do medicamento fomepizol, utilizado no tratamento desse tipo de intoxicação. Também foi solicitado à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o envio emergencial de 100 tratamentos do antídoto.
O governador Eduardo Leite afirmou que o Estado permanecerá em alerta e destacou que as ações têm caráter preventivo para garantir resposta imediata caso surjam suspeitas de contaminação.
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