Pode parecer algo saído de uma história de ficção científica, mas a afirmação vem da ciência: o “leite de barata” pode conter de três a quatro vezes mais energia do que o leite de vaca ou até mesmo o de búfala. A conclusão é de um estudo publicado no Journal of the International Union of Crystallography.

O líquido, porém, não é produzido por qualquer espécie do inseto. Ele vem da Diploptera punctata, a única espécie de barata conhecida que dá à luz filhotes vivos e produz um fluido altamente nutritivo para alimentá-los durante o desenvolvimento.
Quando cristalizado, esse “leite” apresenta altos níveis de proteínas, aminoácidos essenciais, lipídios e açúcares — uma composição que despertou o interesse de pesquisadores como potencial superalimento para o futuro.
Apesar do nome que pode causar repulsa, não se trata de extrair o líquido diretamente dos insetos para consumo humano. Os cristais proteicos podem ser produzidos de forma sintética em laboratório, eliminando riscos e tornando a ingestão mais viável. Além disso, o produto final não tem gosto de inseto.

Especialistas estudam maneiras de explorar a alta densidade nutricional dessa substância como alternativa alimentar, especialmente diante dos desafios globais relacionados à segurança alimentar e à busca por fontes sustentáveis de nutrição.
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