TVGO | Guaíba Online

Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025

🚔 Segurança e Justiça

Polícia conclui inquérito do “crime da mala” e indica suspeito por sete delitos em Porto Alegre

Publicitário Ricardo Jardim foi indiciado por feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos; pena pode ultrapassar 98 anos

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Polícia conclui inquérito do “crime da mala” e indica suspeito por sete delitos em Porto Alegre
Reprodução/Polícia Civil
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso que ficou conhecido como “crime da mala”, ocorrido em Porto Alegre, e indiciou o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, por sete delitos, incluindo feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. O indiciamento foi anunciado nesta sexta-feira (31), e o suspeito permanece preso preventivamente desde setembro. A vítima, identificada como Brasília Costa, tinha 65 anos.

O caso teve início em agosto, quando o torso de Brasília foi encontrado dentro de uma mala guardada em um armário na Estação Rodoviária da capital. Dias depois, outras partes do corpo foram localizadas em diferentes pontos da cidade, nas zonas Leste e Sul. A polícia ainda não encontrou o crânio da vítima, mas afirmou que a ausência não compromete o andamento do processo criminal.

Leia Também:

Segundo o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios, o inquérito aponta que Ricardo Jardim agiu sozinho. As investigações indicam que os descartes ocorreram em 13 e 20 de agosto, em locais distintos, e que o suspeito foi identificado por meio de imagens de câmeras de segurança. Em uma das gravações, ele aparece com a mesma roupa utilizada no registro feito na rodoviária, além de ser flagrado abaixando a máscara, o que possibilitou a confirmação de sua identidade.

O Ministério Público avaliará o inquérito e decidirá se oferecerá denúncia à Justiça. Caso o processo avance e resulte em condenação, a pena pode chegar a 98 anos e oito meses de prisão.

Durante o depoimento prestado em setembro, Ricardo Jardim negou ter matado a companheira, alegando que ela teria sofrido um mal súbito. Ele também declarou ter contratado um catador de materiais recicláveis para ajudar a ocultar o corpo. A Polícia Civil, entretanto, concluiu que não há indícios da participação de outras pessoas no crime.

As investigações ainda aguardam laudos complementares do Instituto-Geral de Perícias (IGP) sobre a causa da morte, já que os primeiros resultados foram inconclusivos. Apesar da conclusão do inquérito, diligências seguem em andamento para localizar o crânio da vítima e esclarecer possíveis motivações financeiras.

Crimes pelos quais Ricardo Jardim foi indiciado:

  • Feminicídio

  • Ocultação de cadáver

  • Falsificação de documento público

  • Uso de documento falso

  • Falsa identidade

  • Invasão de dispositivo informático

  • Furto mediante fraude

Comentários: