Seguimos no tema referido na matéria da semana passada, afinal há conteúdo para, se quisermos, escrever livros, criar debates e estudar cientificamente a força da afetividade nas relações sociais humanas, porém sem apontar para entidade, pois para provocar reflexão, acabei fazendo referência ao CTG que tenho afinidade e onde desenvolvemos trabalho voluntário sócio afetivo.
Cada entidade (CTG) é o representante de algo maior que se intitula "Tradicionalismo", e para tanto deve (ou deveria) ter como “bússola” a Carta de Princípios e a tese escrita por Barbosa Lessa: O Sentido e o Valor do Tradicionalismo, ambos documentos divulgado em seu site oficial: mtg.org.br.
No conteúdo desses documentos a afetividade vem exaltada no compromisso de promover a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, estabelecendo claramente cada CTG como um núcleo transmissor da herança social e praticar noção de valores, princípios morais, valores, fortalecimento da coletividade, lutar pelos direitos humanos de liberdade, igualdade e humanidade (aqui a fraternidade se expõe de forma clara) e particularmente, os que mais gosto estão no item doze: Evitar todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio.
E no item vinte: Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais.
Como todo movimento de massa, cada entidade é um organismo democrático social e nesse caso, fazem inferência direta na formação da comunidade por toda carga cultural que nela acrescenta em suas diversas atividades. Pois bem, gostaria muito de chamar a atenção desses colegas Tradicionalistas para essas premissas, essas súplicas dos mentores do movimento para que sejamos afetivos, sejamos fraternos, proliferemos a gratidão e o coletivo inclusivo, somos iguais e devemos ajudar aqueles que despertam em si o interesse na nossa cultura, no resgate da história que nos legaram os avós dos avós de nossos avós. Para isso precisamos se fraternos, sempre e constantemente. Me perco em emoções e afundo nas palavras, mas é necessário.
Quero lembrar e deixar muito claro à todos que trabalham dentro de sua entidade tradicionalista, em quaisquer de seus departamentos, que ao assumir esse compromisso, passa-se a cumprir um outro papel que está intrínseco ao primeiro, o de REFERÊNCIA. Sim, isso mesmo. Lembre-se que as sementes do amanhã, os jovens e crianças que circundam a sociedade em que estás inserido, tomam as tuas atitudes como as que, para eles, devem ser seguidas. Um Patrão, Diretor, Instrutor, Primeira Prenda, Peão tem em si a responsabilidade de cumprir a carta de princípios e exercer a tese do Barbosa Lessa não porque está nos regimentos do MTG, mas porque trata-se da fundamentação de tornarmos a sociedade em que vivemos mais humana, mais acolhedora, mais fraterna e mais afetiva, só assim transformaremos o mundo.
Se ao invés de ensinar essas crianças e jovens a viver o que de melhor há no meio tradicionalista, que é o bem viver, cobrar pra que sejam competitivos, que vençam a qualquer custo e que o bem mais valioso que eles alcançarão na vida de tradicionalistas é um troféu, então estamos exercendo de forma medíocre e fazendo muito mal e errado o nosso papel dentro dessa sociedade.
Os CTGs são lugares de encontro, de congregar, de ampliar os laços, os rodeios são a extensão dos CTGs e por isso promovem encontros e nos dão a oportunidade de recebermos nossos coirmãos em nossa casa como gostaríamos de ser recebidos na deles, mas o que se observa por vezes, é a maldita disputa acima da boa conduta, o desprezo e desrespeito acima da amizade e zelo. Porque? Porque as nossas referências nos passam que precisamos competir mais que conviver, precisamos torcer que dê errado ao outro pois é meu concorrente, esquecendo que na verdade é seu irmão de causa.
As referências precisam repensar seus interesses, sua forma de entender o tradicionalismo e reordenar suas ações, afinal são as referências de hoje que formam os tradicionalistas de amanhã e eu espero poder ver, quando eu estiver bem velhinho (se Deus me permitir) os tradicionalistas se tratarem por irmãos, entenderem que ao resgatar a tradição, trazem dela o respeito, a alegria de conviver e a inteligência de concorrer sem perder a prudência de congregar dos mesmos ideais e assim, teremos a certeza que essa chama jamais se apagará. A questão que fica de reflexão: Que tipo de referência estou exercendo sobre a juventude tradicionalista?
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