Esta semana temos o prazer de mostrar a vocês o trabalho de Nathália Gonçalves, uma jovem fotógrafa situada em Guaíba que recentemente divulgou seu segundo trabalho fotográfico autoral intitulado Conectar. Este projeto, imbuído do olhar curioso e sensível de Nathália, nos convida a reconectarmos com a alegria de viver da criança interior, a descobrir uma natureza delicada e um turbilhão de sensações e emoções.
« Fecho os olhos, respiro fundo e sinto o calor do sol no meu rosto, olho ao redor de mim e deixo minha intuição me guiar atrás dos detalhes e então me sinto acolhida pelo sol, pelas árvores à minha volta, pelo céu acima de mim, aquele sorriso pequeno mas tão gostoso aparece no meu rosto, sou transportada para um momento de conexão comigo e com tudo a minha volta. Acolhida e conectada. » - Nathália Gonçalves
Nathália compartilha conosco, respondendo a estas poucas perguntas, os principais momentos chaves que deram origem ao seu novo trabalho “Conectar”:
Nathália, quais foram as suas inspirações no momento de realizar a sua série?
« Acho que a principal inspiração é o meu estado emocional no momento que começo a decidir quais vão ser as fotos e os textos para cada serie que componho. A primeira coleção foi chamada Aventura, porque foi um momento que eu tava me aventurando em algo que nunca imaginei que faria: olhando para o meu trabalho como fotógrafa de uma maneira muito diferente. Agora, esta segunda coleção se chama Conectar, porque depois desta aventura do primeiro passo, veio toda a observação do que me chama atenção em minha volta: como eu me conecto com cada foto e o processo de capturar cada uma delas. »
Como veio a ideia de você realizar um projeto artístico?
« Desde o início da minha adolescência eu amo fotografar plantas, flores e coisas que estavam simplesmente ali. Mesmo quando eu me tornei fotografa profissional, eu continuei a fazer isso porém sem dar muita atenção. E desde o início de 2020 eu fotografei muito as plantas do pátio da minha casa enquanto percebia a importância que aquele momento estava sendo pra mim, com isso eu pensei que eu precisava compartilhar e então fui postando todas essas fotos no Instagram onde eu pude receber muito feedback legal das pessoas! Quando a quarentena começou, eu me vi parada em casa e em uma montanha russa de sentimentos, eu percebi que meu momento de fotografar as plantas era como uma terapia e eu pude acumular muitas fotos. Veio então uma ideia muito vaga de começar a vendê-las. Essa ideia veio tanto de uma vontade de desenvolver um projeto quanto da necessidade de gerar uma renda, até que enfim eu pude me lançar graças ao incentivo do meu namorado, amigas e psicóloga, que me tiravam daqueles momentos em que a síndrome do impostor está forte. »
Como você descreveria a sua visão artística para o público?
« Acho que de início eu descreveria como uma visão curiosa e focada nos detalhes, não de uma forma perfeccionista, porque não sou, mas em relação a querer mostrar os detalhes daquilo que está acontecendo na minha volta, seja fotografando eventos ou fotografando pequenas gotas que eu observo depois que a chuva se vai. Em relação à parte curiosa, toda vez que eu vou fotografar plantas eu me foco muito na criança interior e o que ela quer explorar naquele dia, se ela quer ficar agachada nas grama com toda sua curiosidade aguçada para ver o que as formigas estão fazendo, ou para ver os passarinhos que estão comendo as amoras da árvore. É sobre escutar o que meu âmago tá me dizendo naquele momento. »
Crédito fotográfico: © Conectar, a fotografia autoral de Nathália Gonçalves, 2020,
http://nathaliagoncalves.com/
Veiculação de conteúdo: Guaíba Online não responde ou emite juízo de valor sobre a opinião de seus colunistas. Os colaboradores são autores independentes convidados pelo portal. As visões de colunistas podem não refletir necessariamente as mesmas da plataforma Guaíba Online.
Comentários: